Com o balde de pipocas na mão a pedir por enjoo e má disposição, lá fui eu aos saltos e a cantar tirolês pelos corredores do El Corte Inglés (a parte do tirolês não é bem verdade) para ver um filme de vampiros, humanos e outras coisas estranhas. "Twilight" ("Crepúsculo" como lhe chamamos aqui nas terra de Camões).
O normal, vampiro apaixona-se por humana, humana não resiste, vampiro por incrível que pareça tem pena da humana (vegan-vamp) e apaixona-se também. Enfim, nada de novo nas histórias das sanguessugas com pernas que já estamos habituados a ver. Valeu pela mudança de cor das lentes de contacto que o vampiro fazia entre as diferentes cenas e pela tinta de cabelo que variava entre o loiro e o preto-azulado; penso que o realizador queria demonstrar os estados de espírito do bicho através destes dois adereços, ou então tentar tornar a audiência daltónica ou pior, fazer-nos passar por burros.
Gostei também da audiência - desta vez eram rabugentos e psicologicamente afectados pelo barulho ruminante provocado pela minha "degustação pipoquiana"; não aparentavam possuir qualquer sindicato ou ordem, razão pelo qual não se manifestaram.
Balanço geral: neutro.
1 comentário:
Estou para saber como é que o rapaz ao meu lado não reclamou do facto de eu ter passado o tempo a fazer barulho com o ruminar das pipocas, ora doces, ora salgadas. O melhor do filme é capaz de ter sido, deixa cá ver... as pipocas. As doces!
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